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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Discriminação pode partir de dentro da própria casa



      Em 1994, Rilder Campos, descobriu que o seu filho, Fernando Paiva Campos, de um ano, tinha retinoblastoma, um tumor ocular identificado por uma mancha na pupila do olho, também conhecido como "reflexo do olho de gato". Foram buscar tratamento nos Estados Unidos, obtendo a cura, a família começou o grande projeto de criar uma casa em Natal para apoiar crianças e adolescentes em tratamento do câncer que até hoje funciona como a Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, uma homenagem ao bisavô de Fernando.

     Sobre a vida escolar de seu filho, Rilder avalia como das melhores, apesar da limitação das escolas. "Ele cursou excelentes escolas, mas também tinham limitações. O importante é que houve acolhimento e um esforço em conjunto para lhe proporcionar o melhor. Ele conseguiu interagir, foi atleta ouro dos jogos escolares do judô, depois conseguiu fazer teatro".

     Para ele, as escolas nunca estão preparadas, mas é vivendo a situação que se inicia o processo de preparação, num aprendizado não apenas para o aluno, como para sua família e toda escola, mas isso não acontece da noite para o dia. "O problema muitas vezes é que a própria discriminação parte de casa. A própria família, às vezes contribui para a discriminação. Meu filho conta piada de cego porque ele é consciente da sua situação. A pessoa com deficiência tem que se socializar.

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